Segundo pesquisa publicada pelo Centro de Inteligência da Carne Bovina, departamento da Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS), o Centro-Oeste foi uma das regiões que reduziram a área de pastagens nos últimos anos.
Das cinco Regiões brasileiras, quatro apresentaram diminuição da área de pastagens entre 1995/96 e 2017. No Sudeste houve uma redução de 32%; no Sul, de 30%; no Nordeste de 25% e no Centro-Oeste, de 14%.
Apesar da redução, os Estados com maiores áreas ocupadas por pastagem foram Mato Grosso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Rebanho
Foi verificado na pesquisa que apesar da redução das áreas de pastagens no Nordeste e Centro-Oeste, os rebanhos nessas regiões aumentaram de tamanho.
Degradação
Estima-se também que 47% das pastagens brasileiras mostram algum grau de degradação. Os estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Pará apresentam acima de um milhão de ha de pastagens em más condições.
Pastagens naturais e plantadas
Em grande parte dos municípios brasileiros verificou-se uma redução das áreas de pastagens naturais em comparação às plantadas.
Os Estados com maiores extensões ocupadas por pastagens naturais em 2017 foram Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Vantagem competitiva
O estudo mostra que as pastagens naturais e plantadas são um componente diferencial e primordial para o sucesso da pecuária brasileira. A vantagem competitiva da pecuária de corte no Brasil, tomada como exemplo, se deve ao menor custo de produção quando comparado ao custo de países competidores no mercado da carne, como os Estados Unidos. Essa vantagem do Brasil deve-se ao fato de que cerca de 86% da produção envolvendo cria, recria e engorda são realizadas com bovinos criados sob pastejo.
De acordo com os últimos Censos Agropecuários realizados pelo IBGE, as áreas rurais ocupadas por pastagens no Brasil reduziram de um total de 177,93 milhões de hectares, em 1996, para 149,67 milhões de ha, em 2017. A intensificação da produção pecuária brasileira, aliada à substituição de áreas de pastagens por culturas agrícolas, explica a redução da área total de pastagens. Mesmo assim, tem sido mantida a previsão do potencial de crescimento do rebanho bovino nacional, o qual deve atingir 230 milhões de cabeças em 2030, sendo Mato Grosso responsável por mais de 30 milhões de cabeças.
Entre 1996 e 2017, já se observou que o número de cabeças do rebanho bovino aumentou 2,1 vezes na Região Nordeste, 1,9 vezes na Região Norte e 1,4 vezes na Região Centro-Oeste. Entretanto, as Regiões Sudeste e Sul mantiveram o tamanho dos rebanhos no período.
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